No coração do Ribatejo, onde Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra se destacam, a confluência entre o Tejo, a Lezíria e a charneca inscreveu de forma peculiar nas gentes da terra, particularizando o método de trabalho, os trajes, usos, costumes e tradições.
Em equilíbrio, os três pilares assentam maioritariamente na tauromáquia (touradas, campino e a equitação), a agricultura (terra forjada a braços ondes os ranchos invadiam os campos para seu sustento) e cultura ribeirinha ou avieira (dos pescadores que um dia deixaram Vieria de Leiria e se fixaram nas margens do rio Tejo). Rica, enraizada e cuidadosamente perpétuada pelas gentes da sua terra, persiste ainda outras tradições mais vastas e não menos importantes do que as mencionadas.
festas e romarias
salvaterra de magos
Março > Mês da Enguia
Maio > Feira Anual (2º Fim de Semana)
Junho > Festas do Foral dos Toiros e do Fandango (5 a 13 de Junho)
Outubro > Equimagos (Certame dedicado ao cavalo e ao toiro)
Dezembro> Procissão em honra de Nossa Senhora da Conceição (8 de Dezembro)
foros de salvaterra
Julho > Festa em Honra do Imaculado Coração de Maria (20 de Julho)
Junho > Festa da Amizade (Último fim-de-semana de Junho)
tauromaquia
salvaterra de magos
A castiça e popular praça de toiros de Salvaterra de Magos contempla já a tradição da "Corrida do Tomate", que dá reconhecimento à terra pela produção e transformação desse bem precioso da terra.
artesanato
salvaterra de magos
O artesanato, os ofícios e a arte popular foi passando de geração em geração, enfrentando a industrialização e a modernidade das novas gerações. As miniaturas de barcos como as bateiras, evidenciam a forte influência do rio Tejo na vida destas gentes, que outrora construía e reparava as sua próprias embarcações.
Com o ferro forjado fazem-se vários utensílios domésticos e decorativos. Com grande habilidade as mãos pintam tecidos, porcelanas, gessos, marfinites, vitrais, combinam flores secas, enfeitam madeiras e estanhos, num bailado indeterminável os dedos vão fazendo as rendas, bordando o pano, trabalham as farpas e as embolas, captando as atenções e produzindo peças de rara beleza.
A paciência, a arte e a sabedoria, permitem o restauro de peças antiquíssimas, que acabam por se preservar no tempo.
Assim se perpetua a memória de um povo, que com o seu trabalho manual, vai contribuindo para a manutenção e sobrevivência das actividades dos seus antepassados, de quem herdaram todo o saber e arte de trabalhar com as mãos.